Os 7 pecados capitais da assessoria de imprensa

Os 7 pecados capitais da assessoria de imprensa

* Chris Santos, profissional com mais de 30 anos de atuação em assessoria de imprensa, formada em Relações Públicas e Ciências Sociais, com pós em Branding e Gestão de Processos Comunicacionais. 


Já se passaram muitos anos desde quando comecei a atuar como assessora de imprensa, quando conquistei meu estágio na agência Primeira Página, do jornalista Luís Carlos Franco – um excelente instrutor e onde aprendi o bê-á-bá da atividade. Naquela época, os meios de contato eram o fax e o telefone, usávamos máquinas elétricas para estruturar os mailings e realizávamos muito follow up.

 

Do ponto de vista tecnológico, muita coisa mudou. As transformações também atingiram o segmento. O número de agências de assessoria de imprensa se multiplicou. Temos ainda muitos profissionais que, individualmente, prestam serviços na área. No passado existiam, basicamente, as mídias impressa e eletrônica – jornais, revistas, rádio e televisão. Hoje em dia, os veículos online (com portais e blogs) ampliou, exponencialmente, o mailing de veículos.

Mesmo assim, alguns princípios fundamentais para o exercício da profissão de assessor de imprensa não se alteraram e são elas que pretendo citar nesta reflexão sobre o que é ser um bom intermediário entre clientes e jornalistas, em como efetivamente contribuir para o trabalho da imprensa.

Em minha avaliação, são regras que vem sendo esquecidas e que provocam muitas falhas e desencontros. São situações que podem ser corrigidas com mais atenção no cotidiano, atualização e respeito entre os envolvidos. Reuni estes pontos no que chamei de 7 pecados da assessoria de imprensa.

1- Faltam informações no release: o material enviado precisa ser o mais completo possível e existem dados básicos que não podem ser esquecidos: data e horário de um evento, nome da empresa, preço do produto, SAC, onde comprar, telefone da loja etc.

2- Mailing desatualizado: sabemos que as redações mudam com frequência, mas ainda ter no mailing o nome de um jornalista que saiu do veículo há mais de 4 meses é sinal de falta de conhecimento e follow up.

3- Atraso na resposta à pauta: o jornalista tem um prazo para publicação da matéria. Se o cliente não quer ou não pode participar da pauta, informe ao jornalista o quanto antes. Não deixe para a última hora.

 

4- Envio do mesmo release várias vezes para o mailing: o excesso de informação que circula atualmente já lota as caixas de e-mails. É um trabalho hercúleo apagar mensagens e organizar as relevantes. Se tem interesse em ter retorno de alguns veículos específicos, entre em contato com os jornalistas destas mídias apenas e reenvie apenas para eles. Não mande o release para o mailing inteiro de novo.

5- Envio do release para jornalista que não cobre o tema: mesmo que a sua agência use os programas de mailing disponíveis no mercado brasileiro, como o Maxpress, é preciso analisar os nomes e veículos gerados pelo software para uma limpeza dos dados. O assessor também precisa conhecer mais os veículos com os quais se relaciona com mais frequência.

6- Release com erros de português: aqui entra em cena a qualidade profissional. Na dúvida, consulte os diferentes sites disponíveis na internet. Até mesmo o Word tem a facilidade do corretor de ortografia.


7- Desprezar jornalista freelance, depois que saiu do veículo: hoje em dia, com as redações e equipes de jornalismo enxutas, o jornalista freelance atua em muitos veículos de comunicação ao mesmo tempo. Além disso, sempre é um profissional relevante para network.

Considero que a eliminação destes “pecados” ajudará no aprimoramento das relações profissionais e no fortalecimento das assessorias de imprensa.

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