Prima Estúdio explica sobre as diferenças e os cuidados na realização do streaming

Prima Estúdio explica sobre as diferenças e os cuidados na realização do streaming

Um evento, uma reunião, um pronunciamento de um presidente, um show…são vários os acontecimentos que, com os avanços da Web, passaram a ser transmitidos ao vivo pela internet, procedimento técnico conhecido como streaming. Sobre este tema, o blog entrevistou Rubens S. Meyer, jornalista formado pela ECA/USP, que possui mais de 20 anos de experiência em jornalismo televisivo. Especializado em Tecnologia da Informação, o profissional foi sócio da S2 Comunicação Integrada, de onde saiu para fundar a Prima Estúdio. 

Rubens alerta: “Há uma percepção equivocada de que se é pra Internet, qualquer coisa serve. Na verdade, se a qualidade for ruim na origem, o resultado final será ainda pior, pois haverá compressão e perda de qualidade“. Então, confira todas as dicas que ele compartilhou com os leitores do blog:

Rubens S. Meyer, jornalista 

Quais são tecnologias disponíveis para a realização de streaming no mundo corporativo?

Soluções de streaming permitem às empresas transmitir pela web suas palestras, apresentações, treinamentos e encontros com áudio, vídeo e slides sincronizados, ao vivo ou on demand. Os participantes podem interagir em tempo real e compartilhar o conteúdo nas redes sociais. Podem também  baixar materiais complementares, como documentos, manuais e fotos. Um dos formatos mais comuns é o de webcast, que exibe na tela vídeo e slides sincronizados, além de chat, enquete, formulário para enviar perguntas e outros links. Esse modelo é adequado para comunicação “de um para muitos”.
Há também o formato de webconference, em que mais participantes têm condições de falar com o grupo, compartilhar sua tela e interagir em tempo real. É adequado para reuniões de equipes menores.
Soluções de webtv possibilitam criar uma espécie de “YouTube corporativo” para armazenar e exibir vídeos promocionais, de treinamento, institucionais etc. com regras de segurança para controlar o acesso ao acervo.
Quais os fatores que influenciam no preço deste serviço?
1) Estrutura de captação – quantas câmeras se deseja usar na transmissão, se o local dispõe de recursos de áudio (microfones e mesa de som) ou isso deve fazer parte do projeto; quantos microfones e de que tipo serão necessários (de mão, lapela, headset); quais as condições de iluminação do local permitem uma boa captação ou será preciso locar refletores, etc.
2) Links de Internet – avaliar se o local possui links de Internet com upload garantido e sem oscilações significativas.
3) Transmissão – qual o tamanho de público estimado; qual a duração do evento na web; que qualidade de vídeo se pretende usar.
4) Interface – será preciso desenvolver ou customizar um hotsite para o(s) vídeo(s); Como será o acesso à transmissão (aberto, restrito, com senha exclusiva, mediante cadastro aprovado previamente); pretende-se manter o histórico das transmissões realizadas com os vídeos on demand.

Como aproveitar o material transmitido ao vivo num pós-evento?
É comum oferecer conteúdo de eventos sob demanda, possibilitando o acesso a quem não teve condições de assistir ao vivo ou a opção de rever para quem já o fez em tempo real. Isso amplia o alcance da mensagem. Para eventos recorrentes, o vídeo on demand funciona como documentação, além de poder ser usado como argumento de vendas para edições posteriores. Conteúdo relevante presente na web tende a valorizar a percepção de marca do autor.

Quais são os cuidados na hora de definir a tecnologia?
O primeiro cuidado é com os recursos que o público-alvo precisará ter à disposição para consumir o conteúdo: ele vai contar com banda suficiente para receber o sinal com qualidade e sem interrupções? Que dispositivo usará para assistir (computador, smartphone, tablet) e que softwares ou plugins serão necessários? No caso de redes corporativas, quais as restrições e padrões tecnológicos que deverão ser considerados para evitar bloqueios?
As respostas a essas questões devem nortear todo projeto de streaming. Se numa empresa o tráfego de vídeo for controlado, por exemplo, poderá ser preciso configurar uma regra para liberação junto à equipe de TI e, assim, viabilizar a recepção. Se houver um padrão de sistema operacional e o bloqueio para instalação de plugins, o projeto deve considerar uma solução compatível.
O importante é saber que hoje em dia existem opções para todo tipo de ambiente e flexibilidade para garantir que uma solução funcione adequadamente.

No caso da banda, por exemplo, recomendamos adotar tecnologias ABR (adaptative bit rate), que verificam automaticamente a disponibilidade para cada usuário e entregam o sinal com a melhor qualidade possível para cada um. Recomendamos também soluções multiplataforma, com players que funcionem em PCs, smartphones e tablets de diferentes sistemas (Android, iOS, Windows Phone).

Outro cuidado diz respeito aos recursos no ponto de captação de áudio e vídeo (sala de reunião, hotel, auditório ou ambiente de evento). É fundamental que toda transmissão tenha uma boa fonte de captação de som, para evitar ruídos de comunicação – um microfone de lapela ou de mão geralmente é melhor do que o da própria câmera; com uma mesa de som, dá pra equalizar o sinal, alterar o volume e obter melhores resultados.
No caso do vídeo, quanto maior a qualidade, mais banda será necessária para transmitir e também para o usuário assistir. Há uma percepção equivocada de que “se é pra Internet, qualquer coisa serve”. Na verdade, se a qualidade for ruim na origem, o resultado final será ainda pior, pois haverá compressão e perda. Dependendo então do público a ser alcançado, é recomendável trabalhar com captação em HD (high definition) e adotar soluções para distribuir o sinal compatível com outras duas ou três larguras de banda. O YouTube por exemplo faz isso automaticamente – se você sobe um vídeo em full HD, ele gera versões com essa qualidade, em HD e em outras três resoluções menores.
Também no ponto de captação, será preciso contar com link(s) de Internet com velocidade garantida de upload e sem oscilações significativas. Conexões via cabo ou ADSL, de menor custo, podem ter até boa capacidade de download, mas a transmissão depende do envio contínuo de áudio e vídeo para os servidores de streaming; oscilações tendem a interromper o fluxo e gerar mensagens de “buffering” que comprometem a recepção e consequentemente a percepção do usuário. Em eventos ao vivo, costumamos recomendar o uso de dois links para fins de redundância.
O mesmo vale para o servidor responsável pela transmissão online: para audiências de poucas centenas de visitantes, deve-se contar com pelo menos dois servidores – se um cai, o outro assume automaticamente. Para audiências maiores, é preciso escalar os recursos.

Nossa dica: contrate uma boa empresa, como a Prima Estúdio, que vai cuidar destes aspectos técnicos. 

Compartilhar esse artigo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *