Banco de DNA de espécies da flora brasileira é um dos tesouros do Jardim Botânico do Rio

Banco de DNA de espécies da flora brasileira é um dos tesouros do Jardim Botânico do Rio

  

O banco de DNA de espécies da flora brasileira do Jardim Botânico do Rio de Janeiro é um dos tesouros da instituição. Criado em 2004, seu acervo conta com mais de 5.700 exemplares e tem valor inestimável. O JBRJ foi a primeira instituição brasileira a estruturar, junto com suas coleções tradicionais, um banco de DNA de espécies vegetais nativas relevantes dos diversos biomas brasileiros, especialmente da Mata Atlântica, de espécies raras ou ameaçadas, bem como espécies com importância econômica, interesse etnobotânico e biotecnológico. O banco é uma das coleções que compõem o herbário do Jardim Botânico do Rio.

Com o banco de DNA, é possível conservar genes que, no futuro, poderão ser utilizados para produzir substâncias de interesse econômico, mesmo que a espécie não mais exista na natureza. De acordo com a tecnologista Luciana Franco, curadora do banco de DNA do JBRJ, bancos de DNA são uma forma de preservar a riqueza e a diversidade codificada pelo genoma das plantas. São a memória genética das espécies, que pode ser explorada hoje ou futuramente, por intermédio das ferramentas da biologia molecular, para a bioprospecção de genes envolvidos na produção de características e processos de importância biotecnológica.

– O banco de DNA do Jardim Botânico do Rio busca conservar informação genética representativa da alta diversidade da flora brasileira, sendo um registro histórico da variação vegetal e uma base para a conservação e a biotecnologia. Nosso banco é parte do Global Genome Biodiversity Network (GGBN), uma rede internacional formada por mais de 90 instituições, que compartilham o interesse em preservar amostras genômicas, representando a diversidade da vida na Terra – explica Luciana Franco.

Ainda segundo a tecnologista, as amostras de DNA que compõem a coleção são obtidas de folhas jovens, imediatamente colocadas para secar em sílica gel, para evitar a degradação do DNA. Depois de secas, as folhas são levadas para o laboratório. Primeiramente, são colocadas em um equipamento para serem trituradas e depois, por meio de um processo químico, o DNA é extraído. A qualidade e a quantidade do DNA são avaliadas, por intermédio de diferentes técnicas de biologia molecular, e, se a amostra for aprovada, recebe um número tombo e é mantida em um ultrafreezer, a 80 graus negativos. Dentro de um único freezer, milhares de amostras podem ser armazenadas.

Os dados de todas as amostras mantidas na coleção estão disponíveis no sistema Jabot (jabot.jbrj.gov.br) e no portal do Global Genome Biodiversity Network (www.ggbn.org).

Assista ao vídeo: https://youtu.be/mxAjm3sxPdM


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